OPINIÃO: Ataques ao trabalhador prejudicam a instituição

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As maiores empresas do mundo já sabem e as pequenas já estão aprendendo: se você precisa de produtividade o melhor a se fazer é investir no bem estar dos funcionários. Multinacionais e grandes capitalistas perceberam que o funcionário que se sente bem dentro da empresa consegue produzir mais e melhor maximizando os lucros do patrão e diminuindo os protestos trabalhistas.

Não faltam teorias que liguem o sucesso de uma empresa a qualidade de trabalho dentro da mesma. No Livro "O cliente em segundo lugar" de Hal Rosenbluth, o autor mostra que o estilo de liderança onde o servidor vem em primeiro lugar pode transformar um negócio de família numa coorporação de bilhões de dolares, por exemplo.

Infelizmente, embora o conceito seja estudado nos cursos de administração da UEPB (basta pesquisar no Google para ver uma série de trabalhos acadêmicos sobre o tema), tal conceito é pouco aplicado a maioria na UEPB. Enquanto empresas como Google e Facebook implementam escritórios abertos; gratificações de produtividade; participação nos lucros da empresa; plano de carreira etc, os Governos vem removendo as poucas benesses que os servidores ainda têm.

Na prática tal desvalorização provoca insatisfação do servidor, que por consequência se sente desmotivado a prestar um serviço de qualidade ao público qual serve. No caso da UEPB em especial dos técnicos administrativos que estão há 5 anos com salários congelados; carreira desrespeitada e depois de uma decisão monocrática de se aumentar a carga-horária dos servidores é visível o descontentamento e o ar cansado dos diversos colegas que chegam todos os dias ao trabalho.

Quanto maiores os ataques ao servidor, pior se torna a qualidade de vida do trabalhador e por consequência, aquele funcionário que atendia simpaticamente os alunos que o procurava, hoje não mostra mais o sorriso no rosto enquanto aquele que não se importava em ficar dez ou quinze minutos após o expediente para terminar suas tarefas, hoje não tira os olhos do relógio com o pensamento "quero ir pra casa" .

Exigir qualidade no serviço público diante de tantos ataques é uma atitude cruel dos gestores, em especial aqueles que tem história de luta sindical e que sempre defenderam os direitos dos trabalhadores, principalmente diante de todos os ataques que os servidores vem sofrendo.

No final, cabe a máxima: "O cliente vem em segundo lugar. Se você quiser realmente colocar os clientes em primeiro lugar, coloque os funcionários mais acima."
O SINTESPB/UEPB sempre estará ao lado da categoria, lutando para que todas as conquistas sejam respeitadas e a categoria possa gozar de um estilo de vida de boa qualidade.

Gustavo Terto - Vice Presidente da Secretaria Sindical Adjunta UEPB, SINTESPB

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